Mamãe: Carina Daniel Mancuso
Bebê: Giovanni
Hoje fazem 6 meses que eu cheguei neste mundo! Um dia antes chegou a família da mamãe (meu dindo, meu vovô do coração e minha titi)! Na madrugada comecei a dar sinal pra mamãe que eu queria chegar. Pela manhãzinha ela acordou o papai, que ficou todo nervoso, andava de um lado pro outro. A bolsa que eu estava se rompeu às 7 horas, mamãe levou um susto, mas se manteve firme e confiante que daria tudo certo.
Papai ligou pra doula Tiffany Buchmann, que pediu para irem para o Instituto Besser acompanhar o processo. Mamãe saiu de casa com uma roupa que as moças da moda não aprovariam, rsrsrs, uma saia longa preta, uma blusa vermelha e branca, um roupão azul, uma meia até o joelho branca e a pantufa verde do papai (tamanho 44), estava engraçada.
Papai foi comprar as “porcarias” que ela mais gostava, e o que aconteceu? Não quis comer nada, só gemia e eu balançava na barriga, queria sair logo pra ver a carinha deles, mas ainda não conseguia.
Lá pelas 14h30min fomos para a maternidade. Papai errou o caminho, mamãe reclamava dos buracos, dos semáforos, do trânsito, estava ajoelhada no carro. Ela pediu muito pro papai do céu que eu chegasse bem e que saísse por onde entrei (mamãe é figura, né?!).
Mamãe ia pro chuveiro, pulava na bola, papai e a doula ajudavam com massagem, bolsa de água quente. Mamãe comeu muita gelatina, mas quando ela comeu um brigadeiro, daí eu vi vantagem, adorei e fiquei esperando mais doce e nem queria mais sair da barriga. E a família e amigos? Não paravam de mandar mensagem pro papai, alguns a chamaram de louca, inconsequente e achavam que uma cesárea era a solução para minha chegada, mas que nada.
Às 18h30min, a médica sugeriu que mamãe tomasse uma tal de ocitocina. Coitada da mamãe, fiquei todo agitado e comecei a fazer mais força pra sair de lá. Papai me chamava e pedia, “filho, ajuda a mamãe e vem logo”, como eu amo meu papai, ele queria me ver, tava nervoso. Não imaginava o quanto forte eu e mamãe éramos.
Enfim, minha hora de sair tava perto, eu ouvia todo mundo me chamando! Quando a médica colocava o aparelho pra ouvir meu coração, mamãe ficava perguntando, “está tudo bem"? Comecei a ouvir que estavam vendo meu cabelinho. Papai foi espiar e assustou, “gente, to vendo mesmo”! Imagino a ansiedade da mamãe, rsrsrs.
Mamãe fazia muita força, com medo, nervosa, cansadíssima, esgotada, me chamava e pedia ao papai do céu para eu sair logo, isso já era 20 horas! Quando ela foi pra banheira, papai de um lado, médica e doula na frente, fotógrafa posicionada e força. Mamãe sentiu alivio e confiança pensando, agora chegou a hora de eu sair! Eu sabia o que ela estava pensando e sentindo. Foi quando mamãe fez uma força mais que incrível, num momento mágico eu saí e fui pro colo gostoso! Nem deu tempo de ver nada, ela me segurou forte, chorava de alegria! Eu chorava também, mas nem sei porque! Quando o cordão parou de pulsar, papai o cortou, emocionado e feliz!
O povo se admirou com meu porte, 51 cm e 4,230 Kg. Mamãe estava tão feliz de ter conseguido me ajudar a sair de forma natural, que ela nem sentiu mais nada. Tudo depois do processo do parto ficou pequeno. Agradeço a mamãe e ao papai por ter me proporcionado essa experiência incrível do meu nascimento e grato eternamente por ter nascido saudável, com cabelo e não ter orelha de abano!
"Mamãe saiu de casa com uma roupa que as moças da moda não aprovariam, rsrsrs, uma saia longa preta, uma blusa vermelha e branca, um roupão azul, uma meia até o joelho branca e a pantufa verde do papai (tamanho 44), estava engraçada".
Carina Daniel Mancuso



