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Fernanda Galhardo Arbex Kinoshita
Bebê: Pedro

Tenho uma filha que nasceu de cesariana graças ao desconhecimento da minha parte e insegurança que acho que toda mãe de primeira viagem tem!

Quando descobri que estava grávida novamente resolvi que dessa vez seria diferente, eu queria vivenciar essa experiência do parto e resolvi fazer da forma certa, mudei de médico, conheci minha GO querida que me indicou a Tiffany Buchmann, já que minha cesárea era recente e eu poderia ter alguma dificuldade na hora do parto iria precisar de ajuda segundo ela. 

Minha gestação foi super tranquila, comecei a fazer Pilates na semana 37 começamos a fazer os encontros no Instituto Besser com a Ty. O Pedro já estava encaixado e bem baixinho há muito tempo, mas meu colo do útero era posterior, então achamos que demoraria mais um tempinho pra ele vir.

Com 38 semanas fizemos o segundo encontro de indução. Eu já vinha tendo muitas contrações há algumas semanas, mas faltava arrumar algumas coisas em casa antes da chegada do Pedro. 

Arrumei tudo, menos a minha mala, que arrumei na sexta-feira dia 16 de outubro. No sábado ia fazer uma sessão de fotos com a minha irmã que também estava grávida, mas acordei cedinho e senti minha calcinha molhada, fui no banheiro e era sangue, quando tirei a calcinha mais sangue veio e quando voltei pra cama vi que tinha sangue no edredom! 

No curso de parto a Ty tinha dito que sangue era normal no trabalho de parto, mas não muito sangue, então falei com ela e com a GO e fui pra maternidade ser examinada! Fui sem levar nada, não imaginei que seria o grande dia! 

Fui atendida pela plantonista enquanto minha médica não chegava, ela fez o exame do toque e constatou que eu tinha apenas 1 cm de dilatação, disse que o batimento cardíaco do bebê estava acelerado e que o sangue poderia indicar descolamento de placenta, como explicado pela Ty no curso de parto. Ou seja, estava me direcionando pra fazer uma cesariana. 

Minha médica chegou e refez os exames, menos o do toque, os batimentos do bebê estavam ótimos, eu tinha contrações e numa ecografia de improviso ela viu que estava tudo certo com a placenta, mas por causa do sangramento eu ficaria internada!

Falei com a Ty que já me colocou pra trabalhar enquanto ela estava no caminho, justo no dia do chá de bênçãos do Besser, evento organizado por ela que ocorre duas vezes ao ano!

Confesso que esse começo foi como um balde de água fria,  sangramento, internação com 1 cm de dilatação não era o que eu tinha imaginado para o meu parto!  Nesse momento pensei, não acredito que vou ter que fazer outra cesariana! 

Às 11h da manhã internei e começamos a trabalhar pra fazer o colo do útero e o trabalho de parto evoluir, mas as 10h da noite nada ainda, 1 cm de dilatação, sangramento e contrações sem ritmo ainda. Estávamos na suíte de parto e a GO foi pra casa tomar um banho e disse que já voltaria! Enquanto isso a Ty sentou e falou que o nosso trabalho de parto seria muito demorado, talvez mais um dia e que se eu quisesse a médica me daria alta e a Ty iria comigo para casa já que eu não poderia ficar sozinha com aquele sangramento. Perguntou o que eu queria fazer, ficar no hospital ou ir para casa? Eu estava me sentindo insegura com aquele sangramento todo e preferi ficar no hospital, mas desistir nunca!

Depois disso a médica chegou e falamos pra ela a nossa decisão, ela me examinou de novo e viu que não havia evoluído nada ainda! Então, sugeriu que usássemos um pouco de oxitocina pra engrenar o trabalho de parto e eu que já estava ficando cansada aceitei!  

Então, às 23h, com uma pequena ajuda da oxitocina minha bolsa rompeu em poucos minutos e todos ficaram aliviados, não havia sangue, ou seja, não havia descolamento de placenta! Até então o clima na maternidade estava tenso, todos achavam que eu tinha um descolamento de placenta e que a GO era louca de não fazer uma cesárea logo!

Dai em diante foi rápido, muitas contrações e a dilatação veio rapidamente, meu marido foi super participativo, a Ty ensinou ele a fazer massagem e ele se empenhou na função de massagista o que tornou tudo mais suportável. Usamos a banheira que ajudou bastante a relaxar no momento de dor mais intensa!

Não achava uma posição confortável, queria que o parto fosse na água, mas na hora a água me dava aflição, não queria ficar na banheira! Então me coloquei de cócoras e comecei a fazer força!

Muita força e nada, eu estava exausta nessa altura, mal conseguia me segurar em pé, quanto menos fazer força! No intervalo das contrações queria dormir, mas não dava mais tempo, elas eram cada vez mais constantes e com intervalo menor.

Foi então que a médica pediu pra fazer um último exame e me colocou na cama de parto, foi quando viu que o Pedro estava quase nascendo, mas eu precisaria fazer força! Eu já estava podre de cansada, mas a cama foi a melhor coisa, porque tendo onde apoiar o meu peso, sobrava energia pra fazer força! 

Como a médica viu que eu não aguentaria mais muito tempo, resolveu colocar um pouquinho mais de oxitocina para me ajudar e abreviar o nascimento! E assim foi, a Dra. teve a feliz ideia de me dar as mãos pra me ajudar a fazer força, e eu puxando ela, em uma contração e uma força descomunal consegui! O mais engraçado foi ela chamando a Ty e o meu marido pra trocar de lugar com ela e segurar minhas mãos porquê o bebê estava saindo! E saiu correndo gritando no corredor, "chama o pediatra que está nascendo"! Acho que não estavam botando muito fé que ele nasceria dessa forma! Por isso infelizmente não tenho o vídeo do meu parto!

O Pedro nasceu com 49 cm e 3,330 kg sem me causar nenhuma laceração, veio direto para o meu colo e já mamou, foi o momento mais mágico da minha vida! Meu marido que nunca foi muito partidário do parto normal me olhou chorando e disse que aquilo foi a coisa mais bonita que ele já tinha visto na vida! E o momento se completou com ele mesmo cortando o cordão umbilical quando ele parou de pulsar!

Quando todos já estavam mais calmos a médica olhou pra mim e falou, "Fernanda, agora vou te contar a verdade, quando fui pra casa tomar banho tinha pedido pra Ty conversar com você sobre a possibilidade de fazer uma cesariana, pois eu tinha certeza que o bebê não nasceria de parto normal"! Mas a Ty nem cogitou me falar isso, graças a Deus! Isso me deixaria insegura e dai que não conseguiria mesmo! 

Por isso que hoje digo que foi graças a equipe que escolhi para me acompanhar, que consegui ter esse momento tão especial e inesquecível na minha vida!

Gente, embora a gente idealize um parto, não se decepcionem com as mudanças no meio do caminho e não desistam, mesmo se tiver muita gente te dizendo o contrário!

Quando todos já estavam mais calmos a médica olhou pra mim e falou, "Fernanda, agora vou te contar a verdade, quando fui pra casa tomar banho tinha pedido pra Ty conversar com você sobre a possibilidade de fazer uma cesariana, pois eu tinha certeza que o bebê não nasceria de parto normal"! Mas a Ty nem cogitou me falar isso, graças a Deus!"
Fernanda Galhardo Arbex Kinoshita
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