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Silvana Cipola
Bebê: Aimee

Assim como já estava determinado desde o início da criação, sim, mulher, sim, Aimee, sim, uma nova geração estava por nascer para proclamar o amor e o Reino de Deus. Foi gerada na sexta-feira santa e por determinação divina seu trabalho de vir ao mundo começou no Natal às 18h30min, o dia que celebra o nascimento do nosso Salvador. Este dia foi escolhido pelo Pai para Aimee, a Amada, começar a nascer.

Foram várias e fortes contrações, desreguladas, e a mamãe insistia em ficar tensa sem conseguir entregar-se ao momento sublime da maternagem.

Entre cochilos, contrações, agradecimentos à Deus, por volta de 4 horas da manhã do dia 26, mamãe foi ao banheiro urinar percebeu que descia um líquido. Era o momento da ruptura da bolsa. O líquido descia mas era renovado ao longo do dia com muita hidratação e um toque da Soberania de Deus.

Fomos para o Instituto Besser às 10 horas da manhã, ali com nossa fiel escudeira, amiga, doula Tiffany Buchmann. Conversamos, mamãe pulou na bola, caminhamos, fizemos um lanche gostoso (meu marido esqueceu o dinheiro no carro, bateu com a cara numa porta de vidro na lanchonete, desconectou o fio do alarme do lugar, diz ele que não viu, hahaha) e as contrações continuavam, porém ainda irregulares. Papai e Ty pediam para mamãe focar naquele momento e mamãe estava achando tudo muito monótono, queria algo mais agitado.

Escutamos música, momento preparado com muito carinho pela Ty, pura ocitocina! Rimos, choramos, nos abraçamos, vimos fotos, relembramos boas experiências e assim sentíamos o momento da vinda da nossa Amada. Sim, ela estava chegando!

As contrações continuavam e a forma mais confortável de ficar era em pé escorada no pescoço do marido e com as mãos mágicas da amada Doula massageando a lombar.

Entrando na partolândia (sim existe), eu fecho meus olhos e me deixo levar por aquele momento Divino. Lembro que andei, sentei, deitei, relaxei (pediram para não relaxar tanto, pois estava em trabalho de parto, hahaha), me recordo de vozes baixas a minha volta, bebi água, tive vontade de fazer o nº 1, o nº 2, fui ao banheiro. Troquei vários protetores higiênicos pois o líquido continuava descendo e a cada contração Aimee se mexia.

Algumas horas depois da ruptura da bolsa, a Ty mandou recado para o obstetra. Ele disse que se ainda estava ritmando as contrações e que se estas vinham com a mexida da bebê ainda poderíamos esperar a entrada dele no plantão da maternidade às 19h30min.

Lembro da Ty me colocando no chuveiro, me ajudando a me arrumar, eu com ânsia, vomitei, enfim fomos para a maternidade com contrações de 3 em 3 minutos. No carro não conseguia sentar, fiquei de cócoras e a cada contração me levantava, cada vez estava mais perto da nossa pequena chegar. Lembro que meu marido errou a rua próximo ao hospital, ele quase nunca erra, acho que ele estava um pouco na partolândia também, hahaha.

Chegamos na maternidade, por volta de 18h50min. Diferente de outras segundas-feiras que íamos lá, a maternidade estava lotado. A Ty me colocou na cadeira de rodas pediu para eu fazer cara de dor para sermos atendidos rápido, hahaha.

Enquanto meu marido achava lugar para estacionar a Ty me acompanhou e me ajudou a dar entrada na maternidade. Logo me levaram para triagem e viram que eu estava em trabalho de parto e fui logo para a avaliação com o GO mas ele ainda não havia chegado na maternidade, assim a amada doula e eu fomos andar pelo corredor, conversar e comer algumas frutas secas e leguminosas. Ela me disse que a dor mais intensa eu já tinha enfrentado. Fiquei surpresa, derramei lágrimas de alegria, a abracei e agradeci pelos 2 anos dela estar me doulando para aquele momento.

Na avaliação pensávamos que já estávamos avançados com a dilatação em virtude das contrações, mas para nossa surpresa quando o Cecílio avaliou estava em 3 para 4 de dilatação. Não acreditamos. Seria necessária alguma indução por causa da ruptura da bolsa, mas estávamos bem mamãe e bebê, e isso já era por volta das 20 horas.

Fomos para o centro obstétrico para a tal indução.

A Ty me colocou na bola enquanto iríamos esperar arrumarem tudo. Eu estava com um tremenda vontade de fazer o nº 2, com uma dor intensa no ânus, então pedi para ir ao banheiro pois não estava conseguindo ficar na bola. A amada doula disse que eu poderia ir já que não estava com a dilatação para a Aimee nascer.

No banheiro fui e fiquei. Foi a experiência mais Soberana, Sobrenatural, Humana que já tive em toda minha vida, um momento único, lindo, muito amor em meio a dor, as contrações agora ritmadas, uma cada vez mais perto da outra, e em cada uma delas eu me levantava do vaso e me apoiava na parede, relaxava, respirava (fazendo tudo que eu tinha aprendido, segura e sabendo o que estava acontecendo), tinha muita vontade de evacuar. Até chegou um momento em que a enfermeira, a Ty, meu marido, o GO, todos pediam para eu sair dali pois já estava a quase uma hora ali dentro, trancada, e era necessário darmos continuidade aos procedimentos, eu dizia, “só mais um pouquinho!” Pois estava quase conseguindo (mas eu bem sabia, mas não dizia, que não era o nº 2 que eu estava conseguindo, hahaha).

Logo comecei a sentir os puxos involuntários, como se algo quisesse sair, senti o famoso círculo de fogo e quando coloquei a mão eu senti! Ali estava nossa Herança, nosso presente chegando, de uma forma linda, em que até mesmo eu estava surpresa, pois nesta hora não havia ninguém a minha volta, nenhuma “muleta” humana. Meu marido, a Ty, a equipe de enfermagem estavam ali, mas do lado de fora. Todo o trabalho foi realizado por mim e pelo meu Pai maravilhoso que estava comigo e eu conversando com Ele em todo o tempo, pedindo a Ele para que eu conseguisse e assim foi. Chamei a Ty e falei que a Aimee estava nascendo, pedi que não queria ficar deitada, a amada Doula perguntou se queria ficar de cócoras e eu disse que não conseguia, então me colocaram na maca, deitada  de lado. Chamaram o GO e ele veio rápido, mas muito calmo e sereno como só ele, dizendo que estava indo lanchar pois achava que ali ia demorar ainda, hahaha. Assim ele e a Ty com um profissionalismo ímpar foram me conduzindo nas respirações e forças que eu deveria fazer neste momento sublime da chegada da nossa amada. Eu estava ali deitada na maca, meu marido do meu lado. Lembro que a cada contração respirava e fazia força e nos intervalos clamava a Deus (vejo que poderia estar um pouco mais tranquila neste momento, mas era tudo muito novo, apesar de não ter gritado, hahaha) foram poucas forças que tive que fazer e logo o GO disse, "Nasceu, pega a filha é sua". E assim Aimee veio de um parto lindo, respeitoso, 100% natural, sem intervenção, sem laceração (sim, mulheres foram criadas para parir e de forma adequada, com respeito)!

Uma hora no banheiro, cinco minutos na maca.

Quando tive ela em meus braços, algo único, não parava de agradecer à Deus, pois foi um preparo espiritual, mental e físico de 2 anos, muito estudo, muita entrega, muitos assuntos que tive que “parir” antes do parto e a nossa amada Herança chegou às 21h21min do dia 26 de dezembro, com 51 cm e 3,150 kg.

Ao todo foram 27 horas em que estava envolvida exclusivamente ao trabalho de parto, sendo a última hora Divina, presente do Pai para minha vida, como a Ty disse foi um milagre ir de 3 para 10 de dilatação em tão pouco tempo e o GO até brincou, “você é uma boa parideira!”, hahaha.

Só tenho que ser muito grata a Deus por Sua infinita fidelidade, ao meu marido que esteve presente, foi e está sendo um companheiro ativo, aos familiares por nos respeitarem neste momento, a Ty, doula amiga que tanto me escutou, foi firme, me mostrou que é um dia após o outro, que devemos parir assuntos pendentes antes do parto, que foi amorosa, acolhedora, a Juliana que nos auxiliou na amamentação, à toda família Besser, ao meu GO que é um médico excepcional, a minha gratidão, desejo que Deus continue a iluminar os passos desses profissionais que fazem tanto bem para o próximo.

Agora com a orientação Divina, cabe a nós continuar desfrutando desse amor incondicional pela nossa amada Aimee.

Nota do marido: "Não senti nenhuma das dores físicas, mas vi toda a força da minha esposa e em cada momento pude compreender a grandiosidade do ato de gestar e parir. É único, incomum, fantástico, emocionante, fascinante, sublime. Enfim, o jeito perfeito de ver o criar de Deus. Sou grato e feliz pela esposa e mãe incrível, pela filha linda, pela doula paciente e inquieta Ty, pelo Doutor, pela equipe da maternidade e por todos que querem nosso bem e estavam conosco em espírito. Ah, errei só uma ruazinha, hahaha.  

Fomos para o Instituto Besser às 10 horas da manhã, ali com nossa fiel escudeira, amiga, doula Tiffany. Conversamos, mamãe pulou na bola, caminhamos, fizemos um lanche gostoso (meu marido esqueceu o dinheiro no carro, bateu com a cara numa porta de vidro na lanchonete, desconectou o fio do alarme do lugar, diz ele que não viu, hahaha)".
Silvana Cipola
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